Isso é feminicídio Suelen Aires Gonçalves
Socióloga e professora universitáriastyle="width: 25%; float: right;" data-filename="retriever">
Nossa coluna semanal irá tratar de um tema relevante sobre o tema das inúmeras violências às quais as meninas e mulheres estão submetidas no Brasil. Estamos no mês de agosto, mais conhecido como o "Agosto Lilás", em alusão ao aniversário da Lei Maria da Penha. Inclusive, em 2021, a "Lei Maria da Penha" completou 15 anos de existência e resistência ao enfrentamento à violência contra mulheres e meninas.
O feminicídio cometido contra a adolescente kaingang Daiane Griá Sales, de 14 anos, provocou revolta e apreensão nas comunidades da Terra Indígena do Guarita, no município de Redentora e na comunidade gaúcha, como um crime bárbaro e pelo símbolo de violência contra as populações indígenas em nosso Estado.
ALVO CONSTANTE
Para conhecermos melhor o caso e o território indígena , a reserva da Guarita possui de 24 mil hectares e ocupa parte dos territórios de Redentora, Tenente Portela, Erval Seco e Miraguaí e abriga mais de 7 mil indígenas em 16 setores Kaingang e dois da etnia Guarani. Estamos diante da maior terra indígena do Estado. A reserva é alvo constante de violências e ameaças externas ao aldeados devido à disputa por terras e da violência sexual contra crianças e adolescentes.
A forma como o caso está sendo tratado é importante para nossa reflexão. Segundo o delegado Vilmar Schaefer, da delegacia de polícia local, o crime é investigado como homicídio com ocultação de cadáver. Porém, esse caso enquadra-se no crime de feminicídio, morte pelo fato de ser mulher e com requintes de crueldade, além de ser nítido o avanço da violência que se pratica contra indígenas, sempre com discursos de ódio e intolerância contra os povos em âmbito nacional e local.
A violência contra as mulheres indígenas é intensa desde a invasão portuguesa até os dias de hoje. Nossa solidariedade à família e à comunidade de Guarita. Estejamos em vigilância constante sobre os desdobramentos do caso. Justiça para Daiane!
Qual é a nossa sorte? Silvana Maldaner
Editora de revistastyle="width: 25%; float: right;" data-filename="retriever">
Assistimos chocados à invasão do Talibã no Afeganistão. Milhares de pessoas tentando fugir, se agarrando às ferragens de aviões, pessoas fuziladas nos aeroportos, mulheres perdendo direitos civis, meninas e mulheres solteiras sendo obrigadas a casamentos forçados, ou simplesmente presas, estupradas pelos soldados e torturadas até a morte.
Mulheres proibidas de sair às ruas, estudar ou simplesmente manifestar ideias próprias e, claro, com todo o rigor da burca. Pois, elas não podem ser notadas.
Largadas na própria sorte, ninguém lutará por elas. Depois de 20 anos com tropas americanas instaladas no Afeganistão, nenhum atentado terrorista aconteceu no mundo.
Quem não lembra do dia 11 de setembro de 2001, quando o grupo fundamentalista islâmico Al-Qaeda invadiu as torres gêmeas em Nova York com quatro aviões comerciais sequestrados, ferindo 6.291 pessoas e matando 2.996, incluindo os 19 terroristas.
Joe Biden, novo presidente americano, em seu discurso frio e calculista, apenas falou que não poderia fazer mais nada. Desejou sorte ao povo, que em poucas horas, havia se transformado no caos sangrento . Todos os avanços conquistados, principalmente para as mulheres, acabaram.
Mas e a pergunta que não quer calar? Por que ele tirou as tropas justamente agora? Que acordo foi este dos EUA com Talibã? E por que a China está financiando o Talibã?
Uma coisa é certa. A segurança pública do mundo não será mais a mesma. Quer combinação mais explosiva que Talibã e comunismo chinês? Nunca foi em nome de Deus, sempre foi o poder, a dominação.
Quem odiava Donald Trump deve estar feliz com os dois ataques que Biden ordenou somente neste ano contra a Síria e as milícias iranianas, criando novos climas de tensão entre os países. No Afeganistão, não foi preciso bombardear, apenas abrir a porta.
A nós, reles analfabetos funcionais que discutem perfumarias no Facebook e preferências sexuais dos famosos, resta rezar, e muito, para que estes ditadores, os quais sabemos que pretendem dominar o mundo, não ganhem terreno fértil em outros países.
Quem apoia o terror, terrorista é. Quantos brasileiros apoiaram a China? Quantos brasileiros estão achando lindo abrir as portas, as divisas, e comprometendo toda nossa soberania nacional?
A primeira coisa que os talibãs fizeram foi desarmar a população, proibir comunicação e acesso à educação. Em nome de quê? E não faltam os imbecis que acham que isto tem a ver com religião. Analisem quem é contra a educação e a liberdade de opinião?
Se ainda vivemos numa democracia, graças a Deus, não podemos permitir que nossa liberdade de opinião e o acesso à educação seja oprimidos por opiniões políticas e com prisões cada vez mais recorrentes ordenadas pela ditadura de nosso STF.
Ninguém quer fechar STF, mas substituir os milicianos que ali se encontram.
Que Deus nos proteja!